21.7.15


Notícia de 1963 (Correio dos Açores)

Comunicado MCATA: Feridos graves e mortos resultantes das touradas à corda


Feridos graves e mortos resultantes das touradas à corda

O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) condena veementemente a violência associada às touradas à corda que causa cada ano centenas de feridos, ligeiros e graves, originando também a morte de pessoas.

Foi recentemente tornada pública, através de um vídeo, a forma como duas pessoas foram gravemente vitimadas numa largada de touros inserida no cartaz das festas Sanjoaninas, as festas concelhias de Angra do Heroísmo. No entanto, o MCATA recebeu a denúncia de que uma outra pessoa teria igualmente sido colhida no mesmo lugar do Alto das Covas.

Desta forma, três pessoas foram assistidas e transportadas na traseira de um veículo para o Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, onde receberem assistência médica, não tendo sequer sido utilizadas ambulâncias na deslocação dos feridos. O MCATA tem conhecimento de que ficaram internados devido aos ferimentos, sendo que um apresentou durante alguns dias um prognóstico reservado devido ao grau de lesão.

O MCATA tem vindo a alertar e sensibilizar as pessoas para o número de vítimas, feridos e mortos, provocado pelas touradas à corda e outros eventos tauromáquicos, nos quais as situações de violência gratuita são uma parte integral. Estima-se que sejam mais de 300 por ano o número de feridos, ligeiros ou graves, resultado das touradas à corda nos Açores. E em média morre uma pessoa por ano como consequência dos ferimentos, tendo sido registadas no mínimo três vítimas mortais nos últimos anos, nas ilhas de São Jorge, Graciosa e Pico.

O MCATA condena a organização e financiamento deste tipo de práticas por parte de algumas autarquias, que insistem em expor absurdamente os seus cidadãos a este grave perigo para a sua integridade física e em fomentar também o maltrato animal, sendo igualmente frequente nestas touradas que os animais resultem gravemente feridos ou morram.

Mas para além do financiamento das autarquias, há também a responsabilidade do Governo Regional dos Açores, que através de subsídios de diversas secretarias mantém apoios a uma indústria que vive destas práticas aberrantes, indiferente às numerosas vítimas que provoca, e revelando-se ainda um sorvedouro de fundos públicos.

O MCATA questiona, mais uma vez, como pode ser possível o Secretário Regional da Educação e Cultura ser conivente com estas situações, pretendendo elevar a Património da Humanidade uma prática violenta, tanto para as pessoas como para os animais e que não acrescenta nada de positivo à sociedade.

Até quando os açorianos vão permitir que a prática violenta da tauromaquia vitime e envergonhe toda uma região? Até quando o Governo Regional dos Açores vai ser cúmplice de situações destas?



Comunicado do
Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)
http://iniciativa-de-cidadaos.blogspot.pt/
21/07/2015

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