27.2.16

Vereadora responsável pelo Canil Municipal de Ponta Delgada afirma que “vamos fazer melhor”



Vereadora responsável pelo Canil Municipal de Ponta Delgada afirma que “vamos fazer melhor”

A Vereadora Luísa Magalhães, que tutela a área da energia, ambiente, recursos naturais, espaços verdes e vida animal, afirmou, hoje, na abertura do colóquio “As parcerias como modelo de atuação para a implementação de canis de acolhimento”, que “esta iniciativa vem ao encontro do trabalho que a nossa Autarquia tem vindo a desenvolver, desde há uns anos, para que o Centro de Recolha Oficial de Ponta Delgada se transforme em canil de acolhimento”.
A responsável autárquica pelo Centro de Recolha Oficial de animais de companhia de Ponta Delgada adiantou que este colóquio surge “na sequência da necessidade de definir modos específicos de atuação e de articulação das campanhas de esterilização, nas várias vertentes sociais e legais, como forma de obter resultados mais rápidos e eficazes”.
“Ponta Delgada é o primeiro Município dos Açores e do país a promover um colóquio sobre esta temática tão importante e atual e isto acontece graças ao empenho do nosso Veterinário, Dr. Vergílio Oliveira, e à presença de um conjunto de personalidades, cujo perfil académico e a atividade profissional podem contribuir, de forma valiosa, para a definição de um modelo de atuação conducente ao controlo populacional de canídeos” - referiu a vereadora.
Luísa Magalhães alertou para a necessidade de “envolver vários parceiros estratégicos (desde as câmaras municipais, veterinários e associações, até à população em geral)” e acrescentou que “o controlo populacional é fundamental para permitir, futuramente, que a Câmara Municipal de Ponta Delgada ponha termo ao abate de animais, assim como a revisão do regulamento do canil e punição de situações de maus tratos”.
O fim dos abates é “uma vontade que, por razões éticas, mas também de redução de custos, a Autarquia já procura concretizar há vários anos” salientou a vereadora da Câmara Municipal.
“Com a realização deste colóquio, damos mais uma prova concreta do trabalho que temos vindo a desenvolver. O nosso canil foi o primeiro a ser licenciado como Centro de Recolha Oficial de animais nos Açores. É um dos poucos do país que alia a política de transparência à existência de informação estruturada. Mas queremos fazer mais e melhor. Vamos fazer mais e melhor” - afirmou Luísa Magalhães antes de deixar votos de um excelente trabalho a todos os participantes.
No decorrer dos trabalhos, as entidades envolvidas nesta área (veterinários, associações, voluntários e responsáveis políticos/autárquicos) puderam conhecer-se e mostrar e dar conhecimento do que cada um está a fazer, neste momento, em prol do bem estar animal.
O Veterinário Municipal de Ponta Delgada, Vergílio Oliveira, apresentou a realidade do Canil Municipal de Ponta Delgada: “Infelizmente, a incidência de recolha de animais tem vindo a crescer desde 2007; a entrada de animais no nosso canil é 40% maior que a Casa de animais de Lisboa. Felizmente, as adoções também cresceram, de gatos e de cães, mas não em número suficiente (não ultrapassam os 400 por ano)”.
“Há vários desafios a enfrentar e que começam na formação/informação aos munícipes. Existem muitas ações que estão a ser divulgadas e realizadas, mas que não têm tido o impacto desejado”, reforçou Vergílio Oliveira.
O Veterinário Municipal referiu a título de exemplo que “foram feitas duas campanhas mais intensivas de esterilização (60 cadelas em cada uma das iniciativas), em parceria com duas associações. Houve divulgação, foram intervenções totalmente gratuitas, mas não houve a procura que prevíamos e desejaríamos. Esperávamos receber dezenas de animais, mas o número de inscrições foi assustadoramente baixo”.
Vergílio Oliveira perante este cenário afirma que “é necessário avançar com a responsabilização dos detentores dos animais pela sua não identificação eletrónica, maus tratos e entrega de ninhadas de forma constante”.
Já Marta Videira, da Câmara Municipal de Lisboa, trouxe o seu testemunho e desmitificou a ideia de que para acabar com os canis de abate não basta apenas decidir que sim: “Não é possível, de um dia para o outro, transformar um canil de abate num canil sem abates. É preciso dinheiro, muito dinheiro. Envolvimento, espaço a nível de infraestruturas e uma boa equipa. Não basta apenas um veterinário”.
Por outro lado, Sofia Lima, da Associação Animais de Rua, expressou a sua opinião enquanto parceira da Casa de Animais de Lisboa e do Canil Municipal de Ponta Delgada no processo de captura, esterilização e devolução ao meio ambiente dos gatos silvestre referindo que “a nosso ver o que faz a Casa de Animais de Lisboa e o que faz o Canil de Ponta Delgada tem o mesmo valor, tendo em conta os recursos e o muito empenho por parte de ambas as entidades”.
A Vereadora Luísa Magalhães encerrou o colóquio “As parcerias como modelo de atuação para a implementação de canis de acolhimento” concluindo que “é necessário mudar as mentalidades, investindo ainda mais na informação e sensibilização e nós vamos fazê-lo. São necessário parcerias que trabalhem em conjunto com o Canil Municipal, pois só assim se educa uma sociedade e se muda uma realidade. É necessário continuar a esterilizar e nós vamos reforçar estas campanhas. É preciso mais fiscalização, responsabilização e punição e nós vamos estar mais atentos. Porque nós queremos fazer melhor”.

Fonte: http://www.cm-pontadelgada.pt/Site/FrontOffice/default.aspx?module=News%2FNews&id=94662

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